segunda-feira, 9 de setembro de 2013

A escola segundo Augusto Cury



Segundo o psiquiatra e autor best-seller brasileiro Augusto Cury, a esperança do mundo está sobre os ombros da educação. Infelizmente, a educação é frequentemente geradora de muito stress e ansiedade. As salas de aulas estão superlotadas, as aulas tornam-se frequentemente entediantes, os professores têm dificuldade em ensinar e os alunos andam muito desmotivados, aprendendo muito pouco de verdadeiramente sólido e duradouro. O ensino está em crise!
Augusto Cury tem, ao longo de várias obras, proposto uma série de ideias para minorar o estado lastimoso da situação (que não é um problema unicamente português).

Eis algumas pistas para ajudar a criar motivação e interesse pelas aprendizagens nos nossos alunos:

1º Apostar numa Educação Participativa. Objectivamente pretende-se evitar que os alunos aprendam de forma passiva, pegando na memorização intensiva para usar nas avaliações. Os professores devem provocar o diálogo, injectar curiosidade, promover o interesse pelas diferentes matérias. A transmissão simples e directa de assuntos é perniciosa. É preciso que os alunos sejam envolvidos podendo expressar as suas ideias, opiniões e sugestões. As matérias dadas não podem ser opacas! É um grande desafio para os professores.

2º A postura dos professores deve facilitar a exposição dialogada. Os professores não devem apenas ser veículos de transmissão de saberes. Têm de aprender a estabelecer a comunicação nos dois sentidos com os alunos, evitando os monólogos por mais de 3 ou 4 minutos. Devem incentivar os alunos a fazerem perguntas!

3º O ser humano gosta de ouvir contar histórias. As matérias escolares devem ser acompanhadas de relatos de casos da vida real para que os alunos façam uma ligação com a vida dos autores que fizeram a História, a Ciência, a Arte e a Política evoluir. Churchil não foi apenas o líder dos aliados na luta contra Hitler. Ele teve uma história de vida muito curiosa. Por exemplo, ele era um aluno um bocado irrascível mas chegou a receber mais tarde na vida o Prémio Nobel da Literatura. Muitos professores deveriam fazer cursos de "Como Falar em Público" e depois ensinar isso aos alunos.

4º Reconstruir o rosto do Conhecimento. Esta técnica é o seguimento do ponto anterior. Significa reconstruir o clima emocional em que os diversos personagens reais da História, das Ciências, da Arte e da Política actuaram. Assim, os alunos ficam a gostar das aulas pois elas deixam de ser insípidas, sem rostos, sem vida.

5º Saber elogiar os alunos, evitando a crítica banal e pública. Para muitos alunos, a chamada de atenção frente aos colegas pode fazer desmoronar a sua auto-confiança e até a auto-estima. Criticar sem valorizar os alunos trava a sua inteligência!

6º Cruzar o mundo do ensino com o dos alunos! Em muitas escolas existem três instituições distintas e separadas por grandes barreiras: o mundo dos alunos, o mundo dos professores e o mundo da escola (seus anexos administrativos, etc.). Isto tem de ser demolido. Não pode haver tanta separação. Ninguém perde autoridade se houver permuta, partilha, ligação. A autoridade que melhor se impõe é aquela que é naturalmente reconhecida. Muitos professores, alunos e funcionários das escolas deveriam aprender técnicas de liderança!

7º Desenvolver a emoção e a arte de gerir o pensamento! Não importa a quantidade das matérias dadas mas a qualidade do que se ensina e como se ensina. A educação deve ser multifocal, não apenas académica. É necessário que os professores desenvolvam essa arte.


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