quarta-feira, 8 de junho de 2011

Acadêmicos terminam dicionário com palavras da 1º civilização

Acadêmicos da Universidade de Chicago (EUA) completaram um dicionário em 21 volumes da língua da Mesopotâmia antiga e de seus dialetos babilônicos e assírios. 


O projeto levou 90 anos para ficar pronto. Essas línguas e dialetos passaram 2.000 anos sem ser falados, mas ficaram preservados em tabuletas de argila e em pedra. 


A língua foi a que Sargão, o Grande, rei da Acádia no século 24 a.C., usou para comandar o que teria sido o primeiro império do mundo, e que Hammurabi, em 1700 a.C., empregou para redigir o primeiro código de leis. 



M. Spencer Green/Associated Press
Pesquisadores americanos Martha Roth e Gil Stein olham inscrições de palácio assírio, na Universidade de Chicago
Pesquisadores americanos Martha Roth e Gil Stein olham inscrições de palácio assírio, na Universidade de Chicago


Também se tornou o vocabulário empregado no épico de Gilgamesh, primeira obra-prima da literatura mundial, e da irrigação de terras, do transporte de grãos e das previsões do futuro.

Segundo o diretor do Instituto Oriental da universidade, Gil Stein, o dicionário é "uma ferramenta indispensável de pesquisa para explicar registros escritos da civilização mesopotâmica". 


O professor de línguas semíticas na Universidade Johns Hopkins, Jerrold Cooper, disse que a obra abre para estudo "a fase mais rica da escrita cuneiforme". 


A PRIMEIRA

A escrita cuneiforme foi provavelmente o primeiro sistema de escrita do mundo. 


As cidades-estado que surgiram nos vales dos rios Tigre e Eufrates, na região onde hoje ficam o Iraque e partes da Síria, são a primeira civilização urbana do mundo e que dominava a escrita. 


O dicionário, com 28 mil palavras definidas, cobre de 2.500 a.C. a 100 d.C. 


A obra é mais uma enciclopédia do que um glossário. Muitas palavras com sentidos múltiplos e associações históricas são seguidas por páginas de texto, passando por literatura, direito e religião. 


A palavra "umu", que significa "dia", tem 17 páginas dedicadas a ela. 


A obra completa pode ser comprada por US$ 1.995 (R$ 3.150), e os volumes individuais custam de US$ 45 (R$ 71) a US$ 150 (R$ 236). Mas podem ser consultados pela internet


Fonte:  DO "NEW YORK TIMES", via Folha.com
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